Capoeira Angola

A oficina de capoeira angola aconteceu no Centro Comunitário das Crianças de N. Sra. de Guadalupe do Jd. Laura desde outubro de 2011 e foram ministradas pelo Alexandre L. dos Santos, Contra-Mestre Cenorinha. As aulas eram ministradas às terças-feiras das 14h às 16hs e as quintas-feiras das 8hs às 10hs. Atendiam cerca de 40 alunos por turma, crianças de 7 a 15 anos.
Nas aulas práticas e teóricas que trabalhamos a movimentação, a musicalização e o conhecimento teórico-histórico-cultural da capoeira angola.
A parte física com exercícios variados de aquecimento e alongamento, dinâmicas, jogos e brincadeiras coletivas, utilizando como base os próprios movimentos da capoeira. Além disso, técnicas propriamente ditas: ataques e defesas, acrobacias, a ginga, a dança e os gestos característicos da capoeira angola. A movimentação é feita tanto individualmente quanto em duplas.

Integração com o Ballet Afro Koteban

O Pedra Dourada participou com o Ballet Afro Koteban em um integração, onde o Ballet se apresentou e convidou os participantes para dançarem juntos em um grande encontro com muita troca de energias.



Estes momentos contribuem para a formação dos jovens e para a importância da pesquisa e da construção de políticas afirmativas, para as questões étnico raciais, e o fortalecimento das comunidades tradicionais, que tem saberes passados de geração em geração.



Sobre o Ballet AFro Koteban

O Ballet Afro Koteban é um grupo formado por 2 músicos e 2 dançarinas que desenvolvem um trabalho de pesquisa da música, da dança e, portanto, da cultura do povo Mandingue do Oeste da África. Foi fundado em novembro de 2004, após a vinda do Mestre Djembefola (aquele que faz o Djembé falar) Mamady "Kargus" Keita ao Brasil, por um grupo de Ogãs Alabes do Terreiro "Axé Ilê Obá" (patrimônio histórico de São Paulo, tombado pelo Condefhat), a vida e a carreira destes músicos passa a seguir uma nova trajetória, marcada por sua relação com a cultura Mandingue/Malinké. O nome do Grupo Koteban significa, no idioma Malinké: O bom trabalho, projeto ou objetivo verdadeiro "jamais se acabará.



Integração com o Ballet Afro Koteban

Ensaio e Pesquisas - Pedra Dourada

A atividade de dança afro vem com ensaios, pesquisas para a construção de um espetáculo com os alunos com muito percussão e danças fortes com elementos dos Orixás.



As aulas são colaborativas onde os alunos tem a liberdade de dialogar sobre as cenas do espetáculo. Mas antes de chegar neste ponto, os alunos passaram por um processo de imersão e pesquisas sobre as danças afro brasileiras, como Ijexá, Samba, Afoxé, passando pela nação Angola e Ketu. Como parte do processo de cooperação os alunos escolheram um nome para o Grupo que deste momento em diante será conhecido como Grupo de Dança Afro Pedra Dourada.



Neste momento podemos dizer que esta sendo um grande oportunidade para a região do Alvarenga descobrir talentos, possibilidades de dialogo, momentos de troca baseadas a cooperação e no respeito e na tolerância.

Gingando com a Cultura Afrobrasileira

Em Setembro, começa o projeto: Gingando com a Cultura Afrobrasileira.
Contemplado pelo Ministério da Justiça e da Cultura como Microprojeto de Território da Paz, que integra do Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci) e tem o intuito de mudar a relação entre a polícia e as comunidades, concedendo aos policiais bolsas para formação.
Nesse caso a formação acontece no território da Paz da comunidade do Alvarenga, São Bernardo, e será no âmbito da cultura afrobrasileira utilizando a capoeira angola e a dança afro para propiciar a valorização da cultura e suas expressões artísticas, intimamente ligadas à história do país e à formação da identidade cultural de nosso povo.
O projeto só vai acontecer graças a parceria com a Casa Abaça Tarizaze Unzambe de matriz africana também localizada no bairro do Alvarenga, que fomentou a ideia e puxa as oficinas de dança afro.
E a casa Capoeira Angola No Fio da Navalha, que traz a chamada capoeira "mãe" com aulas ministradas pelo Contra-Mestre Alexandre Cenorinha, com movimentação, musicalidade e, com certeza, muita história.
O projeto também conta com o apoio do Centro Comunitário das Crianças N. Sra. de Guadalupe no Jardim Laura, Alvarenga, que disponibilizou o espaço para realizarmos a oficina de capoeira angola.
A proposta é reafirmar as manifestações afrobrasileiras como ferramenta pedagógica e terapêutica, de libertação, conscientização e transmissão de valores morais e éticos, como o respeito, a humildade, a sinceridade, a solidariedade, a perseverança e o espírito de grupo. Identificar e potencializar as capacidades inerentes a cada indivíduo nos âmbitos físico, mental e psíquico, através da corporalidade, da musicalidade e do conhecimento histórico-cultural que estas expressividades artísticas e culturais carregam consigo.
As ações começam em setembro e vão até janeiro, englobam oficinas, exibição de filmes, ensaios, rodas, trocas de saberes...um prato cheio de conhecimento e africaneidade para a comunidade do Alvarenga curtir e aprender!